Fetiche: Baco Exu do Blues lança EP com curta-metragem sobre intimidade sobrenatural – Megalópoles
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Fetiche: Baco Exu do Blues lança EP com curta-metragem sobre intimidade sobrenatural

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Novo projeto do cantor baiano Baco Exu do Blues mistura música e cinema para explorar temas de desejo e identidade

Divino e encantador. Provocador e certeiro. É assim que Baco Exu do Blues se apresenta em seu novo projeto, Fetiche. Com sete faixas, o EP será lançado hoje às 21h em todas as plataformas de música, sob o selo 999 em parceria com a Sony Music. Para complementar o conceito do projeto, um curta-metragem dirigido por Camila Cornelsen foi filmado em São Miguel do Gostoso, Alagoas.

Fetiche é uma obra intensa e de apelo popular. Ácido e prazeroso de ouvir do começo ao fim, é mais um trabalho que destaca a grandiosidade de Baco Exu do Blues. A capa, idealizada pelo próprio artista, mostra uma mulher de costas na cama, submissa, com uma imagem de Baco tatuada.

“Eu enxergo as únicas qualidades que a história nos deu como uma forma de castração de humanidade, como limitador do ser. Eu não aceito e nem quero abraçar isso. Não quero ter medo de ser desejado ou achar que isso não é um direito meu. Eu enxergo minhas qualidades e quero poder sentir que estou no imaginário alheio por mais de um motivo. Ocupando mais do que um único lugar e criando o meu próprio espaço”, afirma o cantor e compositor baiano.

Enquanto seu último álbum, QVVJFA, abordava a dificuldade de entender, receber e dar afeto, Fetiche trata de paixão e desejo. “Somos vistos como seres hipersexualizados, mas não somos vistos como seres bonitos. É como se fisicamente fôssemos maiores e melhores, mas só nesse lugar. Um simples desejo carnal que é imposto pra gente. Este álbum é uma defesa contra isso”, explica Baco.

As músicas trazem o estilo único do baiano em fazer Rap, justificando seu status como uma das principais vozes da música contemporânea nacional. “O desafio neste EP foi trazer instrumentais suaves para que ao mesmo tempo que as pessoas entendam a profundidade e sensibilidade das letras possam apenas ouvir de forma repetida, mesmo sem prestar total atenção a ele. A suavidade é uma marca rítmica deste processo”, detalha Baco.

Com Fetiche, Baco deseja oferecer um respiro ao público. Ele frequentemente se depara com opiniões sobre seu corpo e ser desejado apenas pelo físico. “Minha defesa é sobre os outros lugares que me permeiam. Existe a beleza, o aspecto social por ter conquistado muitas coisas, tem o quesito da inteligência e da bondade. De ser mesmo uma pessoa boa e poder ter autoestima sobre isso. Não quero que as pessoas que pareçam comigo se limitem a apenas uma qualidade. Esse EP é a defesa sobre muitas qualidades que temos”, enfatiza.

** A opinião expressa neste texto não é necessariamente a mesma deste site de notícias.

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Tiago Ghidotti

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